segunda-feira, 30 de junho de 2014

Brasil x Chile, o melhor jogo de nossas vidas

Mineirão: palco de sonhos realizados
A saga de Brasil e Chile mostrada por lentes trêmulas e emocionadas. Digo lentes porque foram duas: a do meu celular e a da pequena câmera emprestada pelo seu Arthur, que aluga um quarto de sua casa para mim, em Copacabana

Esta pequena e antiga câmera me salvou. Minha intenção era ter dois ângulos diferentes das mesmas imagens para fazer uma edição dinâmica. A qualidade da imagem desta câmera é inferior a do meu telefone mas... a tecnologia perdeu desta vez. Os filmes que fiz com o telefone dentro do estádio ficaram mudos. Usei uma capa que carrega a bateria do celular e, provavelmente, ela abafou o microfone. A camerazinha do Seu Arthur, mesmo com imagem embaçada, me proporcionou captar sons e imagens importantes para o filme. Arrumei uma solução para usar os takes mudos. Acho que ficou legal.

Desculpe-me pela tremedeira de algumas imagens e umas três ou quatro palavras de baixo calão. O calor do jogo proporciona isso tudo. Esta é uma amostra do que é ir ao estádio, compartilhar emoções com seu amigo e o pessoal sentado perto de nós. Eu e o Luccas, irmão do meu amigo Maurão, estivemos no melhor jogo de nossas vidas. Tensão, confiança, desespero, euforia, tudo junto e misturado. Um sobe e desce de emoções que não dá para descrever. Por isso, quero que você sinta o que nós sentimos. Quero você na arquibancada pulando e vibrando com a gente. Quero você dentro do Mineirão, o palco de sonhos realizados.




domingo, 29 de junho de 2014

Oitava de final 1 - Crônica: Brasil x Chile

Imagine uma tempestade. Uma tempestade...de cerveja! Um sonho para um bom bebedor do "suco de cevada". Esse temporal atingiu o Mineirão na partida entre Brasil e Chile. Foi a melhor chuva que tomei na vida. Uma chuva de alegria, de alívio, de comemoração! Ela caiu após 120 minutos e dez pênaltis. Muitos copos ao ar e gotas da bebida molhando a todos. Acabou com a angústia. Lavou a alma.

Mais uma vez Belo Horizonte. Palco de meu primeiro jogo em Copas entre Bélgica e Argélia. A capital de Minas Gerais foi o local onde tive mais um sonho realizado: assistir a um jogo do Brasil em Copas. Abençoada seja a terra do pão de queijo. 

Foram quase seis horas em frente aos computadores. Sim! Eu estava com dois notebooks abertos, o meu novo e o antigo. Dois navegadores abertos em cada. Site da FIFA. Quando não há ingressos, tarjas pretas aparecem. Assim que ficam disponíveis, mudam de cor dependendo da quantidade à dispor. Geralmente a tarja fica vermelha indicando baixa disponibilidade. A cada cinco minutos, o site atualiza e você tem que ser rápido para clicar e conseguir o feito: comprar seu ingresso. E assim foi: das 23h30 da terça 24/06 às 5h30 da quarta 25/06. São João me ajudou. Fui persistente e consegui!

Desta vez não fui sozinho. Luccas, irmão de meu brother Maurão, foi comigo. Também era sua primeira vez em jogo do Brasil numa Copa. A ansiedade era igual em ambos. Fizemos boa viagem. Já em "Belzonte", depois do café da manhã na rodoviária, fomos bater perna para tirar o nó do peito. Durou pouco. Partimos logo para o estádio. Chegamos às nove, os portões seriam abertos às dez e o jogo começaria às 13 horas. Aproveitamos tudo do pré-jogo. Entramos ao vivo em links da TV colombiana, Globo Minas, Sportv. Cantamos com os brasileiros, provocamos os chilenos, tudo de maneira saudável e jocosa. O ambiente era legal, de confraternização, mas vamos ao que interessa: o jogo!

Começamos bem. Pressionando os chilenos, sufocando. A torcida não parava de cantar. Gritos de "Brasil" ecoavam pelo Mineirão. Quando David Luiz abriu o placar, o êxtase! Abraçamo-nos todos! Eu, Luccas, a galera sentada embaixo, a da fileira de cima. Animos unidos e eufóricos. Não há nada igual. O gol dava pinta de que iríamos golear. O Chile ficou desnorteado. O jogo estava em nossas mãos. Então, Marcelo e Hulk vacilaram em um lance lateral na defesa. Vargas foi esperto e tomou a bola do bundudo camisa sete brasileiro e cruzou para Sánchez empatar. Foi um golpe. O Brasil não conseguiu mais jogar. A bola não passava pelo meio. Era ligação direta de Julio Cesar para o ataque, sem efeito. Neymar não estava em seu melhor dia. Dependemos dele, sim, para nosso jogo fluir. Ele não estando bem e Daniel Alves, Marcelo, Oscar, Hulk e Fred em dia horrível, o jogo foi se arrastando com chegadas sem qualidade do Brasil e, as poucas criadas pelo Chile, foram perigosas. Tava na cara que daria prorrogação. No fim do tempo extra, a bola chilena no travessão deu um gelo "monstro" na espinha, mas trouxe uma certeza: se essa não entrou, nós vamos ganhar.


Partida com a cara de Felipão, que errou tudo nesse jogo. Desde a escalação até as substituições. Uma coisa ele acertou: convocar Julio Cesar. O goleirão trazia uma culpa pela eliminação na Copa de 2010 que não era só dele. Sentiu muito aquela perda. Quando a partida foi para a disputa de pênaltis, seria a hora da redenção. E foi. Pegou duas cobranças, foi eleito o "Homem do Jogo" e apagou a desconfiança de todos. Julio Cesar foi o Neymar deste Brasil x Chile. Foi sofrido, mas valeu! 


Não há como descrever o que foi estar em um jogo do Brasil em Copa do Mundo. Ainda mais neste contra o Chile. Ansiedade, euforia, medo de um "Mineirazzo", alegria, decepção, drama, um mix de emoções que, juntas, formam o amor ao futebol. Foi um jogo diferente de todos os que vi. E não foram poucos. Frequento estádios desde moleque e essa foi, sem dúvida, a maior emoção que senti perto do gramado. Fora a partida, houve uma confraternização bacana com dois senhores que estavam à nossa frente. Além de torcerem, se comoveram com a emoção do Luccas. O garoto estava muito "pilhado". Gritou, xingou, vibrou com o gol, se preocupou e no final, não segurou o choro. Chorei junto. Foi um choro de alívio e de alegria. Juntou tudo: o fato de estar vivenciando aquele momento, o medo de perder, a alegria de vencer. Chora Luccas! Alivia esse peito. Senti como se fosse meu irmão assistindo ao jogo comigo. Torcemos juntos, vibramos juntos, tomamos chuva de cerveja juntos. A melhor tempestade que tomamos na vida. 


FICHA TÉCNICA
BRASIL (3) 1 X 1 (2) CHILE - JOGO 49
Local:   Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG) 
Data: 28 de junho de 2014, sábado
Horário: 13 horas (de Brasília) 
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra) 
Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann (ambos da Inglaterra) 
Cartões amarelos: Hulk, Luiz Gustavo, Jô, Daniel Alves (Brasil). Mena, Silva (Chile) 

GOLS: BRASIL: David Luiz, aos 18 minutos do primeiro tempo
CHILE: Sánchez, aos 31 minutos do primeiro tempo

Pênaltis: BRASIL: David Luiz, Marcelo e Neymar converteram. Willian e Hulk perderam
CHILE: Aránguiz e Díaz converteram. Pinilla, Sánchez e Jara perderam
BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Ramires) e Oscar (Willian); Hulk, Fred (Jô) e Neymar
Técnico: Luiz Felipe Scolari
CHILE: Bravo; Silva, Medel (Rojas) e Jara; Isla, Aránguiz, Díaz, Vidal (Pinilla) e Mena; Sánchez e Vargas (Gutierrez)
Técnico: Jorge Sampaoli

Oitava de final 2 - Colômbia x Uruguai

James Rodriguez. Esse é o cara da Colômbia. O meia de 22 anos está jogando muito! Fez os dois gols na partida que eliminou o Uruguai da Copa. Agora tem cinco e tornou-se o artilheiro do MundialUm deles foi um golaço! Matou no peito e emendou de canhota, a bola bateu no travessão e morreu na rede de Muslera. O segundo também foi bonito. Cruzamento da esquerda, Cuadrado ajeita de cabeça e James emenda de direita para o gol.

Agora, os colombianos enfrentarão o Brasil nas quartas de final. Vai ser um jogão! Eles têm um time rápido, tocam de primeira, se deslocam com facilidade e jogadores talentosos. Nunca foram pedra no sapato brasileiro. Por jogar em casa, o Brasil tem que passar o carro em cima do expresso colombiano. E, por favor, sem os sustos da partida contra o Chile. É bom a trupe de Felipão ter muito cuidado com James e sua turma, afinal, o artilheiro tem nome de cowboy matador.

E o Uruguai? Com o baque da perda de seu melhor jogador, o mordedor Suárez, sucumbiu frente à boa equipe colombiana. A garra não foi suficiente. 64 anos após a conquista no Brasil, os celestes tiveram o seu Maracanazzo.


FICHA TÉCNICA 
COLÔMBIA 2 X 0 URUGUAI - JOGO 50
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ) 
Data: 28 de junho de 2014, sábado 
Horário: 17 horas (de Brasília) 
Árbitro: Björn Kuipers (HOL) 
Assistentes: Sander Van Roekel e Erwin Zeinstra (ambos da Holanda) 
Público:  73.804 torcedores 
Cartões amarelos: Armero (Colômbia), Giménez e Lugano (Uruguai) 
Gols:COLÔMBIA: James Rodríguez, aos 27 minutos do primeiro tempo, e aos 5 minutos do segundo tempo
COLÔMBIA: Ospina, Zuniga, Zapata, Yepes e Armero; Sanchez, Aguilar, Cuadrado (Guarín) e James Rodriguez (Ramos); Martinez e Gutierrez (Mejía) 
Técnico: José Pekerman
URUGUAI: Muslera, Caceres, Gimenez, Godin e Alvaro Pereira (Ramírez); Arevalo, Maxi Pereira, Gonzalez (Abel Hernandez) e Cristian Rodriguez; Forlan (Stuani) e Cavani 
Técnico: Óscar Tabárez

Oitava de final 3 - Holanda x México

Essa é uma daquelas vitórias de time grande. O México vacilou. Tava com o jogo na mão. O treinador mexicano, Miguel Herrera, infelizmente, deu uma de técnico de time pequeno.Tomou uma virada no apagar das luzes.

O calor de Fortaleza não deixou o jogo laranja fluir. Os mexicanos chegavam mais, porém sem objetividade.

O segundo tempo começou e, logo no início, Giovanni dos Santos abriu o placar. O goleiro Ochoa, começou a aparecer reeditando sua partida heroica contra o Brasil. Mas a mexida do técnico, tirando o atacante Giovanni dos Santos e colocando o defensor Aquino, chamou a Holanda para o campo de "La Tri". O castigo veio no fim da partida: Sneidjer, aos 87' e Huntelaar, de pênalti, aos 93', deram a vitória e a classificação heroica aos holandeses para a quarta de final. Vitória de time grande.


FICHA TÉCNICA
HOLANDA 2 X 1 MÉXICO - JOGO 51
Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE) 
Data: 29 de junho de 2014, domingo
Horário: 13 horas (de Brasília) 
Árbitro: Pedro Proença (Portugal) 
Assistentes: Bertino Miranda e José Trigo (ambos de Portugal)
Cartões amarelos: Aguilar, Rafa Márquez e Guardado (México)
Gols:
  MÉXICO: Giovani dos Santos, aos três minutos do segundo tempo
HOLANDA: Sneijder, aos 42, e Huntelaar (pênalti), aos 48 minutos do segundo tempo
HOLANDA: Cillessen; Vlaar, De Vrij e Blind; Verhaegh (Depay), De Jong (Indi), Wijnaldum, Sneijder e Kuyt; Robben e Van Persie (Huntellar)
Técnico: Louis Van Gal
MÉXICO: Ochoa; Rodríguez, Rafa Márquez e Moreno (Reyes); Aguilar, Salcido, Herrera, Guardado e Layún; Giovani dos Santos (Aquino) e Peralta (Chicharito Hernández)
Técnico: Miguel Herrera

Oitava de final 4 - Costa Rica x Grécia

Ainda sob o efeito das emoções de Brasil x Chile (foi sofrido, mas o coração é forte!) e a virada da Holanda sobre o México fui com boa vontade assistir à Costa Rica x Grécia. Um confronto improvável mas, às vezes, esse tipo de jogo não tem a tensão e a pressão das chamadas "equipes grandes", fato que pode tornar a partida leve, cheia de gols e gostosa de se ver.

Ledo engano. O primeiro tempo me fez dar cabeceios de sono, tão poderosos quanto os de Dadá Maravilha, lendário atacante ex-Galo, Inter, Flamengo e mais 1.397 clubes. O primeiro tempo foi arrastado, com as equipes tocando de lado e com medo de arriscarem-se. 

A segunda etapa começou com a cara do primeiro tempo. Esta cara durou três minutos: Bryan Ruiz fez um a zero para os costarriquenhos. Agora sim! O jogo vai pegar fogo!! Zzzzzzz! Ops, desculpe-me, dei outra cabeçada no ar. A Grécia correndo pouco para empatar. O juizão expulsa Duarte, zagueirão dos Ticos. Agora a Grécia vai crescer. Que nada! Faltando cinco minutos para o fim do tempo regulamentar, os gregos, famosos por terem pensadores e filósofos, pararam para pensar: "μας! (nossa! Em grego), se não marcarmos um gol seremos eliminados". Eticamente, Sokratis, homônimo do filósofo ateniense que usou a ética como base de suas teorias, empatou no ocaso do jogo: 91º minuto. Foi assim que conseguiram a classificação para as oitavas contra a Costa do Marfim.

Prorrogação. A cara deste jogo. Primeiro tempo: Costarrique
nhos cansados, com um a menos, não conseguiam ficar com a bola, pareceu pouparem forças para a segunda etapa, só deu Grécia, atacou, atacou, atacou e não concluiu com qualidade. Segundo tempo: Los Ticos correram um pouco mais, não foi suficiente. Gregos com o mesmo jogo, domínio e chegadas sem qualidade. Último minuto: o goleiro Navas salva o que seria o gol da classificação grega. Fim. Vamos para a disputa por pênaltis. Aí 
não tem como dormir.  

E deu: Costa Rica! A matadora do Grupo da Morte! A demolidora de gigantes! Vai enfrentar a Holanda nas quartas de final. Feito inédito! Histórico!  Navas pegou o último pênalti cobrado por Gekas. Para o bem do futebol, os gregos não passaram. Jogo chato demais! Festa em San José! Vamos Los Ticos!


FICHA TÉCNICA
COSTA RICA (5) 1 X 1 (3) GRÉCIA - JOGO 52
Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE)
Data: 29 de junho de 2014, domingo
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Benjamin Williams (AUS)
Assistentes: Matthew Cream (AUS) e Hakan Anaz (AUS)
Público: 41.242 espectadores
Cartões amarelos: Tejeda, Granados, Bryan Ruiz e Navas (Costa Rica); Samaris e Manolas (Grécia)
Cartão vermelho: Duarte (Costa Rica)
Gols
Costa Rica:  Bryan Ruiz, aos seis minutos do segundo tempo
Grécia: Sokratis, aos 45 minutos do segundo tempo
Pênaltis
Costa Rica: Borges, Bryan Ruiz, González, Campbell e Umanã converteram
Grécia: Mitroglou, Christodoulopoulos e Cholevas converteram; Gekas errou
COSTA RICA: Navas; Duarte, González e Umaña; Gamboa (Acosta), Borges, Tejeda (Cubero) e Díaz; Bryan Ruiz e Bolaños (Brenes); Campbell
Técnico: Jorge Luís Pinto
GRÉCIA: Karnezis; Torosidis, Manolas, Sokratis e Cholevas; Maniatis (Katsouranis) e Samaris (Mitroglou); Salpingidis (Gekas), Karagounis e Christodoulopoulos; Samaras
Técnico: Fernando Santos


Oitava de final 5 - França x Nigéria


Grande jogo! Corrido, com muitas alternativas, a Nigéria jogando bem, sem medo e melhor do que a França no primeiro tempo, que terminou 0 x 0

Aos 60', traduzindo para o portugûes: 15 minutos do 2º tempo, o técnico francês, Didier Deschamps, fez  a alteração que mudou o jogo: Griezmanno lugar do Giroud. O meia da Real Sociedad, da Espanha, entrou muito bem, deu mobilidade ao meio de campo bleu. Mesmo assim, os franceses não chegavam com força para decidir a partida.

Faltando 15 minutos para o fim do tempo regulamentar, os franceses resolveram jogar. Afinal, ir para a prorrogação contra os nigerianos, que são fortes toda a vida, poderia não ser uma boa. Pressionaram, encurralaram, esmagaram os Super Águias em seu campo até que Paul Pogba abriu o placar, de cabeça. Foi o primeiro gol do elegante volante da Juventus, da Itália, na Copa.

A  Nigéria sentiu o gol e teve o caixão fechado com o segundo gol, que foi contra, marcado por Yobo aos 91'.
Agora os franceses irão para o Rio de Janeiro jogar a quarta de final contra Alemanha ou Argélia. Eles estão chegando!

FICHA TÉCNICA
FRANÇA 2 X 0 NIGÉRIA - JOGO 53
Local  Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data30 de junho de 2014
Horário13h (de Brasília) 
ÁrbitroMark Geiger (EUA) 
AssistentesSean Hurd (USA) e Joe Fletcher (CAN) 
Cartões Amarelos: Matuidi (França)
GOL:  Pogba (França), aos 34 minutos do segundo tempo e Yobo (contra), aos 46 minutos do segundo tempo.
FRANÇA: Lloris; Debuchy, Varane, Koscielny e Evra; Cabaye, Matuidi, Pogba e Valbuena (Sissoko); Giroud (Griezmann) e Benzema.
Técnico:Didier Deschamps
NIGÉRIA: Enyeama; Ambrose, Yobo, Oshaniw e Omeruo; Mikel, Onazi (Reuben Gabriel), Musa, Victor Moses e Odemwingie; Emenike.
Técnico: Stephen Keshi

Oitava de final 6 - Alemanha x Argélia

Se você passou o mês de junho no meio do mato, sem contato com a civilização, sem Internet, sem poder fazer um sinal de fumaça, voltou justamente neste 30/06 e alguém lhe dissesse: "A Argélia disputou a oitava de final da Copa contra a Alemanha e endureceu o jogo", provavelmente você mandaria esta pessoa procurar o Instituto Pinel. Isso se ele falar só dos argelinos, sem mencionar a Costa Rica, rs.

O primeiro tempo foi quase todo da Argélia. jogando com personalidade, encarou a poderosa Alemanha sem medo. Plantou-se na defesa e saia em rápidos e perigosos contra-ataques. Apesar de ter tomado um banho em posse de bola, quando a tinha deu trabalho ao goleiro Neuer. O segundo tempo continuou no mesmo ritmo, porém, os alemães atacaram mais, buscaram mais o gol e, por isso, o goleiro argelino M'Bolhi foi eleito o "craque do jogo". Catou muito! Catou tanto, que impediu o gol germânico no tempo regulamentar. 

Um sonho africano. Imagine você se a Argélia vence a Alemanha como na Copa de 1982? Só que lá não valia vaga, era um jogo da fase de grupos. O sonho acabou logo no primeiro minuto da prorrogação. Schürrle fez um gol de letra sem querer querendo após ótima jogada de Müller pela esquerda. Os argelinos tentaram empatar, mas não tinham pernas pra isso. M'Bolhi continuou a fazer defesas, impedindo que a esperança fosse embora. Porém, não aguentou: Ozil marcou o segundo aos 14 minutos do segundo tempo, carimbando o passaporte alemão para as quartas de final. Ops, não pera! Djabou diminuiu aos 16 minutos! Ainda dá! Um último cabeceio fraco nas mãos de Neuer e fim. Não deu. Mas a Argélia deve orgulhar-se de seu feito. Na saída dos jogadores, uma imagem bonita: os jogadores abraçaram seu técnico que, emocionado, foi aos prantos. Foi um excelente trabalho!

Mais uma vez o "time grande" superou o menor por detalhe. O detalhe diferencia o campeão de um simples participante do torneio. Agora os alemães enfrentarão os franceses no Maracanã. Que quarta de final será essa?!?! Que jogão! 


FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 2 x 1 ARGÉLIA - JOGO 54
Local:  Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS) 
Data: 30 de junho de 2014, segunda-feira
Horário: 17 horas (de Brasília) 
Árbitro:  Emerson de Carvalho (Brasil) 
Assistentes: Marcelo Van Gasse (Brasil) e Walter Lopez (Guatemala) 
Público: 43.063 pessoas
Cartão amarelo: Lahm (Alemanha); Halliche (Argélia)
GOLS (na prorrogação): 
ALEMANHA: Schürrle, a 1 minuto do primeiro tempo; Özil, aos 14 minutos do segundo tempo
ARGÉLIA: Djabou, aos 16 minutos do segundo tempo
ALEMANHA: Neuer, Mustafi (Khedira), Mertesacker, Boateng e Höwedes; Lahm, Schweinsteiger (Kramer) e Kroos; Özil, Müller e Götze (Schürrle) 
Técnico: Joachim Löw
ARGÉLIA: M’Bolhi; Mostefa, Belkalem e Halliche (Bouguerra); Mandi, Lacen, Taider (Brahimi), Feghouli, Soudani (Djabou) e Ghoulam; Slimani
Técnico: Vahid Halilhodžic