Não quero começar aqui uma "caça às bruxas". Do mesmo jeito que a vitória seria atribuída à eles, a derrota também deve ser. E Felipão admitiu sua culpa. Muito por sua experiência, para tirar o peso dos jogadores, para que novos "Barbosas" não se criem. Foi a melhor coisa que fez nesta Copa. A derrota por 7 a 1 mostrou que hoje o futebol do "Vamos que vamos", "Vai na garra", "Família Scolari", "Por Neymar", não funcionam mais. A diferença de propósitos e de trabalho realizado pelos alemães é gritante e nos foi mostrada de forma dura. Eles se prepararam pra isso. O Brasil achou que só o "Fator Casa" bastaria. Temos que pensar no lado bom da derrota. Profissionalismo é a palavra. Chega de padrinhos, chega de Parreiras, verdadeiros chupins, que só aparecem na hora boa. Chega de apostar em fórmulas do passado. Não somos mais o País do Futebol. Temos um campeonato falido, com média de público ridícula, muito precisa mudar. Que a derrota traga um lufar de modernidade ao nosso futebol.
"Jogar por Neymar"
Uma bobeira sem tamanho. Temos que jogar pelo Brasil. Jogar por outro jogador é carregar mais um peso. Já não bastavam o de 200 milhões e a Copa em casa? Mais uma do "componente psicológico" que precisa ser mudado.
"O Dante conhece os jogadores da Alemanha"
Outra baboseira! E os alemães não conhecem o Dante? Imagine se ele não os conhecesse. Besteira que a imprensa repercute sem nenhum senso prático.
"Endeusamento de jogadores"
Müller sozinho no primeiro gol alemão. Olhem quem deveria estar marcando o cidadão: sim! O cabeludo! É excelente jogador, mas este rótulo de ídolo deixa o cabra autossuficiente. Ainda mais usando a tarja de capitão herdada de Thiago Silva.
"Apostar somente em técnicos brasileiros"
Por que não podemos ter um treinador estrangeiro? Ah, porque somos o País do Futebol! Balela total! Não há um técnico brasileiro em destaque nos grandes centros do futebol mundial. Como não? Somos o País do Futebol. Ah, mas damos certo no Qatar, na Arábia Saudita, na China, no Japão, ou seja, em lugares onde a bola rola fraca. As tentativas dos europeus como Luxemburgo no Real Madrid ou Felipão no Chelsea foram um furo n'água. Lá a realidade é outra. Os métodos arcaicos não funcionam para eles. Por isso duraram pouco em seus cargos.
O intercâmbio é importante. Importar técnicos pode nos trazer benefícios. Só o argentino Filpo Nunes treinou a seleção brasileira por um jogo em toda a nossa história. Foi em 1965, na inauguração do Mineirão, o mesmo da vergonha, em um jogo em que o Palmeiras, treinado por Filpo, representou a seleção brasileira jogando contra o Uruguai. Os palestrinos trajados de verde e amarelo venceram a celeste olímpica por três a zero. Por que não podemos ter um treinador estrangeiro?
"Superstições"
Outra idiotice! Eu mesmo escrevi em um post no Facebook: "Felipão põe o Bernard, camisa 20, como o Amarildo em 1962". Amarildo entrou no lugar de Pelé, camisa 10, machucado na Copa do Chile. E o Bernard, no lugar de nosso atual camisa 10. Coincidência? Superstição? Eu também entrei nessa.
"Ele estava lá"
O Mick Jagger, o polvo, a tartaruga, a lhama, o papagaio, o neném, o fusquinha verde-amarelo, o link na casa das famílias dos jogadores, o "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", o Olodum, o Galvão, ex-jogadores comentaristas, os privilégios de grandes conglomerados...
Assim como a seleção brasileira, nossa imprensa precisa de reciclagem.
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