Conheça os oito técnicos das quartas de final

Oito seleções, oito técnicos, oito histórias. Sete foram boleiros, somente o colombiano Jorge Luis Pinto, da Costa Rica, que não. Ele e o argentino José Pekerman, da Colômbia, são os dois "estrangeiros" treinando seleções que não as suas de origem. Felipão é o único campeão do mundo como treinador. Só Didier Deschamps, da França, venceu a Copa como jogador. O brasileiro é o mais velho, com 65 anos. O belga Wilmots é o mais novo com 45 anos e 4 meses. Dizem que treinador não ganha jogo, mas perde. Eles têm sua importância. Vamos conhecê-los:

JOGO 1 - FRANÇA X ALEMANHA

Deschamps na França

FRANÇA: Didier Claude Deschamps, francês, 45 anos. Profissionalizou-se em 1985, no Nantes. Volante, passou por outros clubes franceses: Marseille e Bordeaux. Em 1994, transferiu-se para a Juventus/ITA, clube onde mais atuou na carreira. Defendeu a Juve por cinco anos. Foram 124 jogos e quatro gols. Passou ainda por Chelsea (1999-00) e encerrou a carreira no Valência/ESP (2000-04). Foi campeão mundial como jogador da seleção francesa, em 1998. Pelos "Bleus" foram 103 jogos e quatro gols. Times como treinador: Mônaco/FRA, Juventus/ITA, Marseille/FRA e seleção francesa (desde 2012).  

Löw no E. Frankfurt

ALEMANHA: Joachim Löw, alemão, 54 anos. Iniciou a carreira de jogador no Freiburg/ALE, em 1978. Ainda na Alemanha, passou por Stuttgart, Eintracht Frankfurt, Freiburg e Karlsruher. Em 1989, foi para a Suíça atuar por Shaffhausen, Winterhur e Frauenfeld, onde iniciou a carreira de técnico. Treinou equipes na Alemanha, Turquia e Áustria, até chegar ao cargo de auxiliar de Jürgen Klinsmann na seleção alemã, em 2004. Após a Copa de 2006, Klinsmann deixou o cargo, que foi assumido por Löw. Dirigiu a seleção na Copa de 2010, atingindo a terceira colocação. Não atuou pela seleção principal. Jogou pela Sub-20, onde fez quatro jogos e nenhum gol.

JOGO 2 - BRASIL X COLÔMBIA

Felipão no Caxias

BRASIL: Luiz Felipe Scolari, brasileiro, 65 anos. O zagueiro Felipão era viril (definição menos chula para grosso). Começou a carreira futebolística no Caxias/RS, em 1973. Passou por Juventude/RS, Novo Hamburgo/RS e CSA/AL, onde iniciou o trabalho como técnico.  Passou por clubes no Brasil, Arábia, Kuwait e Japão, mas fez sucesso no Criciúma (venceu a Copa do Brasil de 1991), Grêmio (títulos: Brasileiro e Libertadores 1996), Palmeiras (Copa do Brasil 1998 e 2012, além da Libertadores 1999) e seleção portuguesa (Vice da Eurocopa 2004 e quarto lugar na Copa de 2006). Foi campeão do mundo com a seleção brasileira, em 2002. Reassumiu o posto em 2013, no lugar de Mano Menezes.  Somando as duas passagens, até o empate com o Chile por 1 x 1 na Copa de 2014, seu desempenho é o seguinte: 53  jogos, 38V, 7E e 8D. 

COLÔMBIA: José Néstor Pekerman, argentino, 64 anos. Trabalhou em pizzaria e foi taxista. Fez sua carreira como jogador profissional em apenas dois clubes: Argentinos Juniors (1966-77) e Independente Medellín/COL (1977/81). Como treinador, foi tricampeão mundial Sub-20 com a Argentina (1995-97-01). Revelou Sorín, Burdisso, Aimar, Saviola, Aguero, entre outros. Foi o primeiro a convocar Messi para a seleção principal, com 18 anos em 2005, e o levou para a Copa de 2006. Terminou na 6ª colocação no Mundial realizado na Alemanha. Em 2012, assumiu a seleção colombiana e vem fazendo excelente campanha na Copa 2014, com quatro vitórias nos quatro jogos que disputou.    Foto: Pekerman no Argentinos Jrs.

JOGO 3 - ARGENTINA X BÉLGICA

Sabella no Sheffield

ARGENTINA: Alejandro Javier Sabella, argentino, 59 anos. Largou a carreira de advogado para jogar pelo River Plate. Era um bom meia, mas seu apelido é pachorra - que em espanhol significa apatia. Sabella teve rápida passagem pelo Grêmio/RS entre 1986 e 1987. Fez carreira na Inglaterra (Sheffield United e Leeds United) voltou para a Argentina para atuar por Estudiantes e Ferro Carril e pendurou as chancas no Irapuato, do México.  Como jogador da seleção principal fez apenas 4 jogos e nenhum gol.
Principais títulos como treinador: Libertadores de 2009 e o Apertura de 2010 como técnico do Estudiantes. Assumiu a seleção argentina em 2011 e classificou a albiceleste em primeiro lugar nas eliminatórias para a Copa de 2014. A campanha: 9V, 5E e 2D - 35 gols pró e 15 contra. 

Wilmots no Shalke

BÉLGICA:  Mark Wilmots, belga, 45 anos. Foi senador de seu país em 2003, eleito com mais de 100 mil votos. Doou todo o lucro para obras de caridade. Se a moda pegasse por aqui...

Wilmots jogou nos belgas Sint-Truiden, Mechelen e Standat Liège; Shalke 04/ALE e Bordeaux/FRA. Pendurou as chuteiras no Shalke, onde iniciou a carreira de treinador.

Jogou pela seleção belga de 1990 à 2002. Disputou 70 jogos e marcou 29 gols. Participou de quatro Copas do Mundo (90, 94, 98 e 02), jogou oito partidas e marcou cinco gols. Teve um gol anulado contra o Brasil de Felipão, em 2002, quando o jogo estava 0 x 0. Ele era o capitão da equipe. A partida terminou Brasil 2 x 0. Como treinador, começou no Shalke/ALE, passando por Sint-Truiden/BEL e assistente técnico da seleção belga. Assumiu o posto principal dos Diabos Vermelhos em 2012.

                                                JOGO 4 - HOLANDA X COSTA RICA

Van Gaal

HOLANDA:  Aloysius Paulus Maria van Gaal (Louis van Gaal), holandês, 62 anos. É enjoado até no nome, mas excelente técnico. Foi um meia que começou em 1972, no Ajax/HOL. Passou pelo Antuérpia/BEL. Voltou à Holanda para atuar nos clubes: Telstar, Sparta Roterdã e AZ Alkmaar. Treinou grandes equipes da Europa como Ajax, Barcelona e Bayern de Munique. Após a Copa de 2014, vai assumir o Manchester United, da Inglaterra. Possui títulos importantes: Liga dos Campeões 94-95 e Mundial Interclubes 95  (quando venceu o Grêmio de Felipão nos pênaltis) pelo Ajax/HOL; Bi-campeão espanhol pelo Barcelona (97-98/98-99); Campeão alemão pelo Bayern (2009-10). Assumiu a seleção holandesa em 2012. 

COSTA RICA: Jorge Luis Pinto Afanador, colombiano, 61 anos. É o único que não foi jogador profissional. Começou a carreira de treinador em 1984, no Millionarios de Bogotá/COL. Passou por muitos clubes colombianos e pelo Peru. Em 2002, foi treinar a Alajuelense da Costa Rica e lá ficou conhecido. Treinou "Los Ticos" pela primeira vez em 2004, sem sucesso. Passou também pela seleção colombiana e não obteve bons resultados. Passou por Cúcuta/COL, El Nacional/EQU e Táchira/VEN até voltar para a seleção costarriquenha em 2011. Fez grande campanha nas eliminatórias para a Copa 2014, terminando na segunda colocação atrás dos Estados Unidos. Já fez história ao levar a Costa Rica para as quartas de final. A melhor colocação havia sido as oitavas de 1990.